Jardim dos Mestres

A Ilusão da Superioridade e da Inferioridade

 

Alguns acreditam que, por terem mais dinheiro, ou um carro mais caro, uma casa maior, um cargo melhor, uma posição hierárquica mais alta, mais escolaridade, mais erudição, são mais ou melhores do que outros.

Porém, há um fato insofismável, que não pode mudado: todas as pessoas são apenas pessoas.

Diz Mestre Samael, em uma de suas conferências:

O homem, mesmo que seja muito perfeito, na realidade, mesmo que chegue a ser um Boddisattwa, não é mais que isso: um homem.

Deus é o Pai que está em secreto; só ele é Deus.

Não há certificado, crachá, carro ou bens que possa mudar o que somos. Não adianta ter, ter e ter. A questão não é “ter”, mas “ser”. E, quando se “é” verdadeiramente, percebe-se que ninguém é mais ou menos do que o outro.

A formação familiar, a influência dos professores, os conceitos e preconceitos existentes na sociedade, introduzem a idéia de que umas pessoas são melhores do que outras, induzem a competição, segundo seus valores. Disto decorre a necessidade de auto-afirmação, de aceitação, que certos indivíduos têm, bem como o seu orgulho e a sua vaidade.

A conseqüência dessa postura é a repressão, a auto-cobrança, o desejo, o sofrimento.

De tanto que somos criticados, de tanto que somos cobrados, acabamos achando que aquele que nos critica e nos cobra é maior e melhor do que nós. Mas isto é apenas uma impressão fabricada por nossa mente, não é a realidade. A possibilidade maior, nesses casos, é que são os nossos próprios críticos que não se aceitam, que se cobram, que se criticam ou se culpam demais. Nós estamos somente desempenhando o papel de objeto de suas projeções.

Não há ninguém acima de nós. Se temos esta impressão, esta sensação, é porque estamos, nós mesmos, colocando-nos para baixo. E, sendo assim, precisamos reavaliar nossos pontos de vista, nossas impressões e sensações.

Libertarmo-nos da idéia de que não há ninguém acima de nós é bem mais fácil do que nos libertarmos da idéia de que somos superiores.

Fábio Ferreira Balota


31 de outubro de 2014

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