Victor, desde muito cedo, já possuía capacidades de clarividência, clariaudiência, recordação de vidas passadas.
Na busca pelo caminho secreto, o jovem Victor estudou muito, leu várias e várias obras, e, como todo buscador, frequentou muitas escolas.
Aos 12 anos, estudou bastante sobre o espiritismo, leu os principais autores desta doutrina e apaixonou-se pelo “Livro dos Espíritos”. Porém, investigando fenômenos relacionados, chegou à conclusão de que aqueles eram um equívoco. Percebeu que o que se manifestava através dos médiuns não eram espíritos ou almas .
Desesperado atrás do caminho secreto, chega a visitar os cemitérios, onde batia nas lápides e pedia aos mortos que lhe mostrassem a resposta. Deitava e dormia sobre as tumbas, por vezes, até se metia dentro de tumbas vazias, onde invocava os mortos, mas nada sucedia.
Como o espiritismo não deu as respostas que buscava, posteriormente, em 1933, quando tinha 16 anos, afilia-se à Sociedade Teosófica. Recebe seu diploma diretamente das mãos do Sr. Jinarajadasa . Em sua sede pela verdade, lê muitos livros teosóficos e apaixona-se por H.P. Blavatsky e suas obras. Com apenas 17 anos, Victor, sem estar devidamente preparado na arte da oratória, proferia conferência na Sociedade Teosófica. Havia se convertido em um erudito muito exigente.
Nessa época, praticou com intensidade raya-yoga, bhakti-yoga, jnana-yoga e karma-yoga, e certamente colheu os benefícios dessas práticas. Também nesse período, entrou para a Universidade e cursou até o segundo ano da Faculdade de Medicina, de onde saiu para estudar a Medicina dos índios da serra.
Em 1935, aos 18 anos, afilia-se à escola Rosa-Cruz Antiqua, fundada pelo médico-coronel Arnold Krumm-Heller . Logo na primeira aula, o jovem Victor busca soluções para suas inquietações esotéricas, começa discutindo com o instrutor e termina escutando. Estudou as obras de Krumm-Heller, Hartmann, Eliphas Levi, Steiner, Max Heindel. Na mesma época, estudou também Kabala e Alquimia. Na FRA , recebeu a chave do Grande Arcano.
Era o desejo de sua mãe, nesta época, que ele se casasse com Sara Dueñas, uma jovem próxima à família. E Victor, casou-se com Sara e teve dois filhos com ela. Pouco depois de do nascimento do segundo filho, o casal se separou.
Sua grande capacidade de aprendizado e compreensão levou-o a ocupar o cargo diretor da Escola Rosacruz do município de Quimbaya, no estado de Quíndio, dependente de Israel Rojas.
Praticou o mantra IEOUA com grande vigor. Como resultado, a atividade de seus chakras se intensificou.
O instrutor da escola Rosacruz ensinou-lhe um exercício retrospectivo para ser feito ao acordar. Como resultado, as lembranças das experiências se fizeram então mais vívidas.
Também com a orientação do instrutor, praticou um exercício de telepatia com mantra U de frente para o Oriente. Como resultado, tornou-se muito mais sensível. A sua capacidade de clarividência e clariaudiência se intensificou.
Ainda não havia se dado conta da possibilidade da projeção astral voluntária, até conhecer um certo senhor, que lhe propôs um encontro no astral. Neste dia, teve experiências muito interessantes, mas não pôde adentrar o Templo.
É na Escola Rosacruz que o Grande Arcano lhe é revelado. Para compreender melhor o que Krumm-Heller dizia, traduz do latim para o espanhol a obra “A Igreja Gnóstica”. Na tentativa de despertar kundalini, praticou o Arcano com diversas mulheres, mas não despertava internamente. Sem resultados, convenceu-se de que estava perdendo tempo e achou-se enganado por Krumm-Heller.
Aproximadamente no ano de 1936, o jovem advogado Rafael Romero Cortés estudava na Escola Rosacruz do senhor Israel Rojas, juntamente com Victor.
Romero Cortés fala sobre a Escola Rosa Cruz ao jovem Julio Medina, que gostava de pesquisar sobre esoterismo, mas até então não havia participado de nenhuma escola.
Espantado com Victor, Rafael Romero Cortés realiza um estudo astrológico, que o deixa ainda mais impressionado, e diz ao jovem: “Ouça, amigo, no dia em que você despertar internamente, te rogo que me procure de imediato para que eu o siga.”
Em 1939, Israel Rojas leva à Colômbia Ornar Cherenzi Lind. Poucos dias depois, surge uma disputa entre os dois, o que divide a escola em duas. Julio Medida fica com Rojas e, mais tarde, passa para Escola de Cherenzi, onde seria reitor. A Escola cresce e chega a possuir cerca de 600 discípulos.
Victor ficou decepcionado com estes eventos. Ele buscava respostas pelo caminho, sofria e clamava na solidão, invocando os santos mestres da Grande Loja Branca.
Desesperado, caminhou pela Colômbia, chegando a povoados desconhecidos, sem dinheiro algum. Sem ter com que tomar um simples café preto, perguntava-se: “Até quando, meu Pai, me manterás nesta angústia…?”
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