Em agosto de 1948, o Mestre Aun Weor chega a Santa Marta, à procura de Romero Cortés. O advogado fala-lhe sobre Júlio Medina, com quem o Mestre Aun Weor logo estabeleceria uma relação.
Júlio Medina incentiva-o a se para mudar para Ciénega, o que ocorre em setembro. Dali o Mestre se mudaria depois para outros bairros, fugindo das perseguições, já que vivia da medicina de plantas e de unguentos.
O Mestre Aun Weor era então um Iniciado de Mistérios Menores e Júlio Medina um próspero comerciante, criado na tradição católica e também com certas capacidades desenvolvidas desde a infância.
A primeira visita não foi muito agradável, mas deixou Medina cheio de inquietudes, fato que levou a outras visitas. Os relatos do Mestre eram intermináveis, interessantíssimos e instrutivos. Buscavam, sobretudo, a Alta Iniciação.
Em 1948, Aun Weor inicia atividade pública em Ciénega, com um pequeno grupo de estudantes. Em 1950, contava com uns seis estudantes. Nessa época, a Colômbia estava em estado de sítio, e todas as reuniões com mais de três pessoas eram proibidas. Assim, para que não fossem vigiados, o Mestre levava seus discípulos para fora da cidade. À beira mar, instruía-os nas práticas de vocalização e respiração.
Júlio Medina visitava o Mestre diariamente, muitas vezes levava alguns amigos, os quais normalmente se horrorizavam. As mudanças de comportamento começaram a afetar vida social do comerciante. Os amigos incomodavam-se por causa de sua relação com o Mestre e a esposa sofria com comentários.
Diante dos inúmeros ensinamentos que recebia do Mestre diariamente e do desejo de que outras pessoas conhecessem aquela sabedoria, Júlio Medina diz a ele:
“Mestre, por que não escreve um livro dando as tantas chaves que possui?”
E de imediato o Mestre responde:
“Maravilhoso, eu tenho a sabedoria e tu o dinheiro. Ganha a grande parada, unamo-nos a favor do mundo. Eu os escrevo e tu os editas.”
Isso ocorria por volta do mês de maio 1949. A mente de Medina entra num turbilhão de pensamentos, conflitos e preocupações. Então o Mestre lhe diz:
“Como é tremenda tua Mente Terrena; tens que dominá-la porque ela é a morada de todos os teus males.”
Para que realmente desse certo o plano da publicação de livros, o Mestre achou por bem começar a preparar Júlio Medina para a iniciação. Pede então a ele que faça uma lista de seus defeitos. Ao ver a lista pronta, o Mestre logo perguntou:
“Já anotaste os defeitos que te assinala tua esposa?”
Medina responde: “Não, Mestre. Ela me joga na cara muitas coisas, o que é e o que não é”.
Então o Mestre diz: “Felicito-te porque tens uma companheira que te conhece bem.”
Ao comentar sobre o assunto com a esposa, Júlio obtém dela as seguintes palavras:
“Compre um caderno de 100 folhas para ver se cabem.”
Júlio Medina passava pelas provas sem sequer suspeitar que fossem provas.
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