O sofrimento não ensina ninguém. Acreditamos estar aprendendo, quando estamos apenas gerando mais traumas, mágoas, ressentimentos, travas, dispositivos de autoproteção.
Mestre Samael ensina que nosso caminho é através da dor e da reflexão. Assim, dor e sofrimento sem reflexão não ajudam em nada.
No mundo gnóstico usa-se muito o termo “ginásio psicológico”. O termo usado pelo Mestre nada tem de errado. O erro está na má utilização que fazemos dele.
Complicamos situações simples, geramos sofrimento para nossas vidas. Acreditamos que é necessário sofrer. Dizemos que a vida é uma escola, um “ginásio psicológico”.
Passamos por situações de dor e sofrimento, perdas, fracassos, humilhações. Dizemos que estamos vivendo um “ginásio psicológico”, mas há apenas dor, não há auto-observação, autodescoberta, não há reflexão, não há investigação do que se sente e pensa. Só há fantasia, ilusão, autoengano.
Se questionarmos os que dizem ter vivido um “ginásio psicológico” sobre o que foi aprendido, o que foi observado, o que foi compreendido, não ouviremos nada senão abstrações, ideologias, teorias superficiais e vazias.
Por vezes pode ser muito mais fácil “suportar” a perda, a humilhação do que resistir. Porém, o resistir pode ser a ação correta num dado momento, mas, se não somos capazes de resitir, nos enganamos com essas ideias de “ginásio psicológico”. Ressalte-se aqui que não estamos falando a favor de violência, brigas ou disputas.
A ideia de que estamos vivendo um “ginásio psicológico”, um período de provações, é muito linda. Através destas ideias nos engrandecemos, nos sentimos um pouco melhor. Mas, se pretendemos realmente caminhar, precisamos nos tornar sérios.
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