O Mestre Samael era uma pessoa muito simples e despojada. Isso era demonstrado na forma como ele vivia. Não usava relógio nem agenda; até sua carteira era carregada pela esposa. Nas viagens, quando muito, levava uma lupa, uma régua, o aparelho de barba elétrico, o Tarô Egípcio, um caderno de notas, uma lapiseira e um livro de cabeceira.
Certo dia, um discípulo, observando a simplicidade e a forma como o Mestre se relacionava com a vida e com a natureza, perguntou se ele não tinha problemas. De imediato, o Mestre respondeu que não, que não permitia que eles se formassem em sua mente.
O Mestre vivia em permanente estado de alegria e felicidade, mesmo sendo receptor de muitos problemas alheios. Quando estava entre a natureza não cansava de expressar poesias a toda forma de vida. Convertia os problemas em soluções imediatas.
Uma das brincadeiras favoritas do Mestre era a de desintegrar nuvens. Quando estava acompanhado, pedia para que escolhessem a nuvem a ser dissipada e o tempo que levaria para isso.
Houve um momento em que aproveitou essa brincadeira para ensinar dois discípulos que estavam em conflito. Após várias horas de discussão, sem que o problema entre eles se resolvesse, o Mestre levou os dois ao terraço de sua casa e perguntou-lhes se queriam que ele desintegrasse uma nuvem.
Os discípulos, sem entenderem o que estava ocorrendo, aceitaram a proposta. Após a nuvem ter se dissipado, já no escritório, o Mestre lhes perguntou qual era o problema.
Os dois discípulos então responderam: “Nenhum, Mestre!”
0 Respostas em Dissolvendo Nuvens