Todos aqueles que estavam no mundo espiritualista da época conheciam as histórias da Teosofia, as trocas de cartas dos chelas com os Mestres e tantas outras histórias de outras linhas espirituais. Quem, lendo essas histórias, não ansiaria por se corresponder com um Mestre?
Com a divulgação dos livros publicados pelo Mestre Samael, muitos eram os que queriam vê-lo de perto e receber seus ensinamentos diretamente. Porém, isso nem sempre era possível, seja em razão da distância, da falta de recursos financeiros ou de outra dificuldade qualquer.
Mas escrever, isso sim, era possível. Foi assim que alguns discípulos começaram a manter um contato permanente com o Mestre: através de cartas.
Para aqueles que trocavam correspondências com o Mestre Samael, as cartas dos Mestres se tornavam uma realidade, correspondiam-se agora com um verdadeiro Mahatma, com um Mestre vivente.
O drama dos discípulos era sempre o mesmo: a ansiedade de saber se o Mestre responderia às cartas, se ele aceitaria manter um contato permanente e se, finalmente, poderiam ter a alegria de uma resposta, ainda que esta resposta não fosse agradável ou fácil de aceitar.
Muitas eram as cartas que chegavam para o Mestre. Contudo, eram poucas aquelas em que os remetentes procuravam resolver suas inquietudes. Este fato fazia o Mestre comentar, com tristeza:
“Poucas são as cartas em que me pedem orientações sobre a morte mística ou o nascimento espiritual”.
Os assuntos das cartas remetiam a problemas de saúde, questões espirituais, éticas, morais, de relacionamento, materiais, doutrinárias, psicológicas, ou a resultados de práticas e experiências.
As respostas do Mestre eram sempre muito claras e objetivas, sempre plenas de sabedoria, sempre revelando também um grau de intuição.
Infelizmente, na grande maioria das vezes, as soluções escritas a próprio punho pelo Mestre não eram aplicadas, nada mudava.
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