As causas reais da infelicidade não são a falta de pessoas, dinheiro, casa, carro, emprego, as causas reais estão dentro de nós, não fora, nunca fora.
Diz Samael Aun Weor em “Tratado de Psicologia Revolucionária”:
“Que se entende por bem-aventurado? Que se entende por felicidade? Estamos seguros de que somos felizes? Quem é feliz? Conheci pessoas que diziam: Eu sou feliz! Estou contente com a minha vida! Sou ditoso! Porém, desses mesmos vim a escutar: Me desagrada fulano de tal! Aquele tipo não me cai bem! Não sei por que não me fazem aquilo que tanto queria que me fizessem! Então, não são felizes… O que acontece realmente é que são hipócritas.”
Em outro trecho ele diz:
“Existem momentos prazeirosos, muito agradáveis, mas isso não é felicidade. As pessoas confundem o prazer com a felicidade.”
Diz Gurdjieff:
“Feliz aquele que tem uma alma. Feliz aquele que não a tem. Infelicidade e sofrimento para aquele que só tem a semente dela.”
Felicidade é uma habilidade, a habilidade de saber viver. Permanecer em um estado interior de paz, mesmo enquanto a vida exterior se apresentar negativa. Conseguir abandonar sonhos e fantasias.
Diz Gandhi:
“Felicidade é a harmonia entre o pensar, o dizer e o fazer.”
Criamos condições que os outros tem que alcançar para que possamos nos abrir e então semos felizes. Mas isso normalmente não ocorre e nos frustramos, culpamos os outros por não sermos felizes.
Criamos condições que nós mesmos temos que alcançar para nos tornarmos felizes, uma casa, um carro, um emprego melhor, enfim, mas mesmo quando essas coisas acontecem, nós não ficamos felizes, se ficamos, ficamos por poucos instantes. Isso ocorre por estarmos buscando fora uma felicidade que vem de dentro.
A vida deve ter sentido, alegria e felicidade, mesmo quando as coisas não saem como queremos.
Devemos ter alegria pelo sucesso e alegria dos outros, se isso não acontece algo esta errado, estamos com inveja, com raiva.
Osho, em “Alegria – A Felicidade que Vem de Dentro”, diz que as pessoas acham a alegria é um estado inacreditável, sugere até uma piada, onde uma pessoa que se dizia feliz era encaminhada ao psiquiatra, pois realmente as pessoas não acreditam que a felicidade é uma coisa possível.
Nos vendem scrips de vida com promessas de felicidades e alegrias, criam para nós roteiros de como tudo tem que ser. Dizem para fazemos isso porque é o que toda mulher quer. Dizem para fazer aquilo porque é o que todo homem quer. Nos dizem olhe para aquele, olhe para aquela, são pessoas felizes, tem tudo, tem família, tem filhos, tem dinheiro, mas quando olhamos não vemos felicidade alguma e mesmo assim seguimos.
Então, depois de fazer tudo segundo os scripts que nos passaram, que nos venderam como caminho para felicidade, sentimos um vazio profundo. Tudo que foi feito não valeu de nada e ainda sofremos desnecessáriamente. Assim, precisamos ver a diferença entre viver as coisas com a consciencia e viver as coisas com a mente, com os padrões.
Sempre que persistimos em continuar a viver uma situação que nos traz infelicidade, sofrimento, é porque de alguma forma, talvez olhando a situação de maneira mais abrangente, estamos tendo algum prazer, ou estamos com a expectativa, a esperança, de ter prazeres em um futuro, ninguém persiste em uma situação que não traga, ou não possa vir a trazer, benefício algum, por mais ilusório que seja o benefício, o prazer.
Assim, na expectativa, na esperança, não paramos de sofrer, pensamos que um dia terá que dar certo, então neste dia tudo terá valido a pena, de forma que as coisas chegam a se transformar em obsessões.
A dor de deixar uma situação de sofrimento, infelicidade, na verdade, é a dor da sensação de perda da possibilidade de sentir uma sensação de prazer, seja um prazer que efetivamente ocorre ou seja o prazer uma simples promessa, uma expectativa, de prazer futuro.
Não devemos buscar a felicidade em grandes eventos no futuro, devemos buscar a felicidade onde ela esta, no aqui e agora.
Reprimimos as crianças quando estão felizes, pois somos reprimidos e não aceitamos alguém ou alguma manifestação que seja igual àquela que reprimimos em nós mesmos
As pessoas ficam felizes porque se identificam com as coias, com os outros.
Diz Osho, em “Alegria – A Felicidade que Vem de Dentro”:
“Para quem abre o coração a felicidade sempre esta disponível.”
É dito em um trecho da versão brasileira de “Ocultismo Prático”, publicada pela Editora Teosófica:
“Aquele que se deixa levar por motivos egoístas não pode entrar num Céu onde os motivos pessoais não existem. Aquele que não se preocupa com o Céu, mas que se sente contente onde se encontra, já está no Céu, enquanto que o descontente irá clamar pelo Céu em vão. Não ter desejos pessoais é estar livre e feliz, e a palavra “Céu” não pode significar outra coisa a não ser um estado no qual a liberdade e a felicidade existam. O homem que pratica ações benéficas motivado por uma expectativa de recompensa não fica feliz a não ser que a recompensa seja obtida, e uma vez obtida essa recompensa, a sua felicidade cessa. Não pode haver descanso e felicidade permanentes enquanto houver algum trabalho a ser feito, e que não tenha sido realizado, sendo que o cumprimento do dever traz sua própria recompensa.”
È dito nos comentários do “Srimad Bhagavatam”:
“A existência material do ser vivo é uma condição doente da vida real. Vida real é a existência espiritual, onde a vida eterna, bem aventurada e plena de conhecimento. A existência material é temporária, ilusória e cheia de misérias, não se encontra felicidade absolutamente, faz-se apenas tentativas fúteis de se livrar das misérias e a cessação temporária da miséria é falsamente chamada de felicidade.”
“O objetivo da vida é se livrar das misérias da vida e não cultivá-las, fortalece-las, prolongá-las.”
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